Objetivo e
método da Antropologia
Ø Os
antropólogos estudam pessoas – como elas vivem e como se inserem em determinado
contexto;
Ø Antropologia
estuda:
- o ser humano
sob diferentes pontos de vista: biológico, cultural e social;
- estuda as
diferenças culturais entre sociedades;
- busca
generalizações sobre a cultura e a natureza humana;
Ø
A antropologia é o estudo sistemático do outro –
se interessa, sobretudo, pelos grupos que se distanciam do padrão dominante;
O evolucionismo – inglês – Charles Darwin
Ø
A antropologia surgiu e se desenvolveu com as
transformações ocidentais – viagens de descobertas, expansão colonial europeia
e desenvolvimento das ciências naturais. O evolucionismo está relacionado com a
ideia de progresso. Os primeiros antropólogos buscavam construir os estágios de
evolução social e cultural.
Ø
O antropólogo Morgan – cita 3 estágios por que
todos os grupos humanos passariam: selvagem, barbárie e civilização. Para ele
aqueles povos que não viviam tal como os povos europeus seriam “atrasados”,
resquícios do passado e que em algum momento passariam à “civilização”.
O
culturalismo norte-americano
v
As preocupações evolucionistas quase que
desapareceram dos estudos antropológicos contemporâneos. A crítica do evolucionismo está na origem de
várias escolas antropológicas, tais como: o
culturalismo, o funcionalismo e o estruturalismo.
v
O culturalismo
– examina a influencia da cultura, ou de uma cultura específica, sobre os
indivíduos. Assim não se concebe mais um caminho único para todas as
sociedades, mas uma diversidade cultural que precisa ser observada.
v
Frans Boas – defensor do relativismo cultural – afirma que: “a civilização não é algo de
absoluto, ela é relativa e nossas ideias e concepções só são verdadeiras nos
limites de nossa própria civilização”.
v
Ruth Benedict – assistente de Boas – desenvolveu
o relativismo cultural. Afirmando
que a natureza humana é plástica e maleável, o que significa que os seres
humanos se adaptam ás condições de vida impostas pelo meio em que vivem. Assim,
cada cultura traz contribuições específicas aos problemas enfrentados pelos
diferentes povos em seu dia a dia. Cada cultura é única, e não faz sentido que
seja julgada pelos padrões de uma sociedade estrangeira.
v
Margaret Mead – aluna de Boas e Ruth – introduziu
temas novos, como a socialização das crianças, a sexualidade e as diferenças
entre homens e mulheres, e chama a atenção para imagens produzidas pela
fotografia e pelo cinema. Ela cita que um mesmo acontecimento é interpretado de
maneira diferente quando relaciona indivíduos que pertencem a culturas muito
distantes. Pode-se considerar que o encontro entre duas culturas resulta em um
afrontamento entre dois sistemas simbólicos.
v
Clifford Geertz – é preciso ler as culturas como
se elas fossem um texto com base no qual todos os significados pudessem ser
extraídos. As culturas seriam concebidas por seus integrantes como um todo
coeso cujo o conteúdo pudesse ser entendido por quem estivesse disposto a fazer
o esforço necessário de desvendar sua linguagem peculiar.
O funcionalismo britânico
Ø
Resposta diferente ao evolucionismo foi a
abordagem que ficou conhecida pelo nome de funcionalismo
– pesquisadores passaram a defender a importância de coletar materiais
empíricos cada vez mais volumosos e a afirmar a necessidade de realizar suas
próprias observações.
Ø
Eles pretendiam estudar a sociedade tal qual
elas se revelam a um observador e não como sobrevivências do passado.
Ø
Para os funcionalistas, as sociedades devem ser
consideradas como um todo integrado no qual cada instituição desempenha uma
função fundamental para a continuidade da vida social;
Ø
As instituições sociais não podem ser concebidas
de maneira, e sim, relacionadas umas com as outras – como se fossem órgãos de
um mesmo corpo.
Ø
Os funcionalistas querem saber como funciona
determinada instituição, qual é seu lugar e seu papel no conjunto social, e
como ela se relaciona com as outras instituições.
Ø
O antropólogo Bronislaw Malinowski – pratica a
abordagem funcionalista como um método de investigação que faz a pesquisa de
campo utilizando a observação participante – onde o pesquisador “se torna um
nativo” – convivendo durante um período longo no interior da sociedade
pesquisada.
Ø
Radcliffe-Brown – foi o primeiro teórico do funcionalismo, se interessava pela rede
de interações sociais que unem os indivíduos e que ele chamava de estrutura social. Para ele, o elemento
essencial, não é a cultura nem as instituições sociais, mas a relação que pode
ser estabelecida entre elas. As relações mantêm certa permanência no espaço e
no tempo, ou seja, elas não são acidentes nem ocasionais.
Ø
Florestan Fernandes – antropólogo brasileiro
utilizou a abordagem funcionalista para entender o canibalismo praticado entre
os Tupinambás. Pratica que chocava tanto os viajantes e exploradores que
deixavam relatos sobre o Brasil. Florestam ressalta que não é porque eram
bárbaros e cruéis que eles praticavam o canibalismo, mas porque a guerra tinha
um papel decisivo para manutenção da sociedade tupinambá – a guerra tinha um
papel social. Por exemplo, ao comer um inimigo adquiria suas qualidades
guerreiras e sua coragem.
O estruturalismo
v
Esta corrente está intimamente ligada ao francês
Claude Lévi-Strauss – que foi professor na USP enquanto viveu no Brasil. Ele
rejeitava claramente o funcionalismo ressalta que dizer que tudo numa sociedade
funciona é um absurdo.
v
Seu objetivo era descobrir verdades fundamentais
sobre a natureza humana e desenvolveu uma abordagem que busca identificar a
estrutura escondida por trás das práticas culturais.
v
Lévi-Strauss se inspirou nas ciências da
natureza: em vez de acumular dados empíricos, propôs a identificação e a
seleção dos elementos mais significativos em culturas diversas, assim é
possível, por meio de algumas verificações, formular leis válidas para todas as
sociedades humanas.
v
Seus materiais de pesquisas eram: a linguagem,
as relações de parentescos, os mitos, as práticas culinárias, a moda e os
contos de fadas, etecetera.
Bom estudo –
Prof.: Alberto Ribeiro
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